segunda-feira, 10 de maio de 2010

Primeira vez.

Minha Primeira vez

Ontem foi minha primeira vez, e não só isso, também foi a primeira vez da pessoa que estava comigo, minha amiga.

Não sei como explicar a sensação. É uma mistura de medo e apreensão, euforia, um temor interno, um calor que incendeia as entranhas, o coração acelera num ritmo alucinado e retumbante e também surge um ar de mistério sobre o que vai acontecer e de como vai ser.

É meio estranho quando chega a nossa hora, por que nós nunca estamos realmente preparados, e acabamos nos preocupando muito mais com a pessoa que está conosco, do que consigo mesmo.

Além do mais não sabemos o que fazer ao certo. Por isso tentamos acalma-la, conforta-la, para que no final tudo acabe bem para as duas pessoas.

E assim vai acontecendo, não é uma coisa que demore muito, porém quando acaba o que se sente é indescritível.

Dá uma moleza nas pernas, o corpo todo relaxa e fica trêmulo, não conseguimos pensar em nada, a não ser sobre o fato ocorrido, ainda mais quando é a nossa primeira vez e a gente vê que tudo correu bem.

Então cada um descreve alguma coisa que sentiu enquanto tudo acontecia. Onde teve mais medo, maior apreensão e o que sentiu quando soube que aquilo realmente estava acontecendo.

E no final agradecemos por estarmos bem, e de os dois terem passado e saído dessa numa boa.

E quando voltamos ao que estávamos fazendo antes de termos nossa primeira vez, fitamos as pessoas que passam, para ver se não são suspeitas ou se suspeitam do que ocorreu com a gente. Não vemos a hora de encontrar algum conhecido ou conhecida para desabafarmos, e falar sobre o que aconteceu.

E como tudo na vida tem sempre uma primeira vez, eu também tive a minha, mas sobre ela, posso dizer que não gostei nem um pouco, e posso apostar que a minha amiga também não deve ter gostado.

Espero não ter que passar por aquilo outra vez.

Bom foi assim que na noite passada me tornei um homem. Um homem que sofreu um assalto numa esquina qualquer do centro da cidade. Perdi alguns “pilas”, e a idéia de que estas coisas acontecem apenas com outras pessoas, e nunca com a gente.

Acho que minha amiga ficou sem seu celular.

Mas ambos saimos ilesos e sem nenhum arranhão, exceto é claro os arranhões psicológicos.

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